Uma homenagem àquele que reescreveu com justiça a História do Brasil: Zumbi dos Palmares
No dia 20 de novembro de 1695, era assassinado Zumbi, o líder máximo do Quilombo de Palmares. Se, ainda assim, a data que deu origem ao Dia Nacional da Consciência Negra não lhe diz muita coisa, que tal uma mudança de atitude? Conhecimento, definitivamente, combina com você, caro usuário! Vamos do princípio...
O Quilombo dos Palmares foi fundado em 1597, por cerca de 40 escravos foragidos de um engenho situado em terras pernambucanas. Em pouco tempo, o quilombo cheio de palmeiras transformou-se numa verdadeira cidade, destino certo dos negros que escapavam da lida e dos ferros.
Com a chegada de mais e mais pessoas, inclusive índios e brancos foragidos, formaram-se os mocambos, que funcionavam como vilas. O Mocambo do Macaco, localizado na Serra da Barriga, em Maceió, era a sede administrativa do povo quilombola, que teve Ganga Zumba como primeiro rei do Quilombo dos Palmares.
Alguns anos mais tarde, Palmares foi invadido por uma expedição bandeirante, que degolou muitos habitantes, inclusive crianças e idosos. Por sorte, um recém-nascido conseguiu se livrar: foi levado pelos invasores e entregue como presente a Antônio Melo, um padre da vila de Recife.
Na cidade, o menino recebeu o nome de Francisco, sendo batizado e educado pelo religioso. A população local, entretanto, desaprovava a atitude do pároco, que criava o negrinho como filho e não como servo. Apesar do carinho que sentia pelo pai adotivo, Francisco não se conformava em ser tratado de forma diferente por causa de sua cor. E sofria muito vendo seus irmãos de raça sendo humilhados e mortos nos engenhos e praças públicas. Aos 15 anos, o franzino Francisco fugiu e foi em busca do seu lugar de origem, o Quilombo dos Palmares.
De Francisco a Zumbi
De volta à Serra da Barriga, Francisco agora era Zumbi. Aos 17 anos, tornou-se general de armas do quilombo, uma espécie de ministro de guerra nos dias de hoje. Com a queda do rei Ganga Zumba, morto após acreditar num pacto de paz com os senhores de engenho, Zumbi assumiu o posto de rei e levou a luta pela liberdade até o fim de seus dias. Com o extermínio do Quilombo dos Palmares pela expedição comandada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1694, Zumbi fugiu junto a outros sobreviventes do massacre para a Serra de Dois Irmãos, então terra de Pernambuco.
Em 20 de novembro de 1695, o negro-rei foi traído por um de seus principais comandantes, Antônio Soares, que trocou sua liberdade pela revelação do esconderijo. Zumbi foi então torturado e decapitado. Sua cabeça foi levada até a Praça do Carmo, na cidade de Recife, onde ficou exposta por anos seguidos até sua completa decomposição.
“Deus da Guerra”, “Fantasma Imortal” ou “Morto Vivo”. Seja qual for a tradução correta do nome, Zumbi é o maior ícone da resistência negra ao escravismo e sua luta não foi em vão. Os anos foram passando, mas o sonho deste libertário permanece vivo na história do país, que hoje enxerga a diversidade como única saída democrática.
O Quilombo dos Palmares foi fundado em 1597, por cerca de 40 escravos foragidos de um engenho situado em terras pernambucanas. Em pouco tempo, o quilombo cheio de palmeiras transformou-se numa verdadeira cidade, destino certo dos negros que escapavam da lida e dos ferros.
Com a chegada de mais e mais pessoas, inclusive índios e brancos foragidos, formaram-se os mocambos, que funcionavam como vilas. O Mocambo do Macaco, localizado na Serra da Barriga, em Maceió, era a sede administrativa do povo quilombola, que teve Ganga Zumba como primeiro rei do Quilombo dos Palmares.
Alguns anos mais tarde, Palmares foi invadido por uma expedição bandeirante, que degolou muitos habitantes, inclusive crianças e idosos. Por sorte, um recém-nascido conseguiu se livrar: foi levado pelos invasores e entregue como presente a Antônio Melo, um padre da vila de Recife.
Na cidade, o menino recebeu o nome de Francisco, sendo batizado e educado pelo religioso. A população local, entretanto, desaprovava a atitude do pároco, que criava o negrinho como filho e não como servo. Apesar do carinho que sentia pelo pai adotivo, Francisco não se conformava em ser tratado de forma diferente por causa de sua cor. E sofria muito vendo seus irmãos de raça sendo humilhados e mortos nos engenhos e praças públicas. Aos 15 anos, o franzino Francisco fugiu e foi em busca do seu lugar de origem, o Quilombo dos Palmares.
De Francisco a Zumbi
De volta à Serra da Barriga, Francisco agora era Zumbi. Aos 17 anos, tornou-se general de armas do quilombo, uma espécie de ministro de guerra nos dias de hoje. Com a queda do rei Ganga Zumba, morto após acreditar num pacto de paz com os senhores de engenho, Zumbi assumiu o posto de rei e levou a luta pela liberdade até o fim de seus dias. Com o extermínio do Quilombo dos Palmares pela expedição comandada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1694, Zumbi fugiu junto a outros sobreviventes do massacre para a Serra de Dois Irmãos, então terra de Pernambuco.
Em 20 de novembro de 1695, o negro-rei foi traído por um de seus principais comandantes, Antônio Soares, que trocou sua liberdade pela revelação do esconderijo. Zumbi foi então torturado e decapitado. Sua cabeça foi levada até a Praça do Carmo, na cidade de Recife, onde ficou exposta por anos seguidos até sua completa decomposição.
“Deus da Guerra”, “Fantasma Imortal” ou “Morto Vivo”. Seja qual for a tradução correta do nome, Zumbi é o maior ícone da resistência negra ao escravismo e sua luta não foi em vão. Os anos foram passando, mas o sonho deste libertário permanece vivo na história do país, que hoje enxerga a diversidade como única saída democrática.
"Valeu Zumbi, o grito forte dos palmares"
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